Zoé
"Quando as estrelas foram caindo
Como rebentos do ventre de Nuit
Uma delas caiu de frente a mim
Eu estrela também, a reconheci
Ela possui algo de nobreza incomparável
Algo de essência divina bruta, mas como diamante
A cada tentativa de habitar este novo lar, ela sentia as dores de saudade
Daquele ventre acolhedor e infinito
Ela quis voltar, ela tentou voltar
Mas... A vida aos poucos brotava
Como que se fosse tocada por Ausat
E na infinita sabedoria da Natureza
O amor a fez multiplicar a vida.
Conheceu então os mistérios de Auset
E a cada momento o lapidar se torna mais intenso
Seu brilho interior é tão pulsante, que foi necessário uma casca bruta para lhe proteger
Mas eu, que antes de ver o brilho já a amava, hoje entendo a essência deste amor
Juntas sempre fomos uma
O Universo se calava e as dores sessavam
O tempo, nunca o compreendemos
E hoje sua face majestosamente divina
Forte como raras estrelas que caíram
Firme como o sagrado corpo de Hadit no qual aprendeu a viver
Dedicadamente vive Maat a cada dia
És Vida, fértil e imponente
És Vida, Zoé."
Hannah Nahash
Nenhum comentário:
Postar um comentário