segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Grande Iniciação do Deus


E você nem percebeu que havia entrado na floresta dos meus mistérios...
Lhe dirigi sem que percebesse de frente as tuas sombras
Como em um espelho que mostra a verdade, você se depara com seu mais profundo Eu
O despertar começa...
A caminhada até aqui faz sentido
É preciso ajoelhar-se perante o poder gerador da natureza para ser digno de renascer
Saber que D'Ela viemos, reconhecê-la em cada mulher
Por um instante o sol invade a floresta sombria...
E o primeiro raio da manhã lhe mostra seu corpo dourado com a luz solar
Tocado pelo Sagrado Masculino, és recebido pelo Deus Selvagem
E por ele é iniciado
Receba as honras da sacerdotisa do sangue que te despertou
E tome o poder filho da Luz.

Hannah Nahash

Minha chama escarlate



Vermelho, rubro, escarlate, encarnado
É minha presença em teu mundo sombrio
Explosão, fagulhas, faíscas
Serão rotina em teus dias monótonos
Por vezes a calmaria de uma brasa
Atreva-se a queimar sua máscara, jogue-a em meu fogo!
Consumo em transmutação os valores corrompidos
E te faço acender a sua faísca primeira
Te devoro nas labaredas de minha Vontade
Te transformo em poder
Mas o caminho é sem volta.

Hannah Nahash

A Lua e eu


Eu tenho quatro faces
Posso ser a jovem revoltada e impulsiva
Astuta, guerreira, que te enfrenta.
Posso ser aquela que oferece o colo para o teu abrigo, te cuida e te zela
A mesma que te dá prazer
Ou talvez a que te ensina sobre a vida
Que é direta e as vezes fere teu ego
Que tem a sabedoria das velhas árvores.
Mas também posso ser o mistério a ser desvendado
Aquela que tem orgulho por seu gênero
Que reconhece seu poder e o utiliza
Que tem manias estranhas como em noite sem lua, saudar a mesma
Nua na escuridão... só ela a vê.
A Lua tem suas fases
E suas filhas em um ciclo sem fim se ligam a Ela
Eu sou uma delas
E todas as faces sou eu.

Hannah Nahash