quinta-feira, 31 de julho de 2014

Reencontro



"Ninguém mais ali o via, contou-me que sempre vinha me visitar
Estranhamente eu o senti, ao tocar nele com um pouco de receio
Me conduziu então a outro plano
Em meio a natureza e contemplando o crepúsculo me revelou as boas novas que vêm do mundo espiritual
Nos abraçamos. Aquele perfume que exalava... eu o conheço!
Me perguntei por quê não veio comigo desta vez, mas sabia que nem mesmo ele possuía a resposta...
Com delicadeza afagou os meus cabelos
Não me importava em ficar lá e não mais voltar. Mas aquele também era um lugar perigoso... O meio, onde os mundos se tocam.
Andamos pela planície, hora de retornar.
Mostrou-me os perigos de viver entre os seres humanos, fez prometer ficar atenta
Conduziu-me de volta ao ponto de partida, porém um cenário subliminar me esperava
Jovens pelas calçadas, amarrados, bêbados, drogados... Vítimas de suas escolhas.
Ele então se foi, e eu voltei."


Hannah Nahash

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Combatente derrotada


"Volta em mim aquela nobre combatente
Que não se rende as lágrimas, nem mesmo do fracasso
Da vitória não vivida
Nesta batalha enfrentei e dominei a mim mesma
Neguei os devaneios e aprendi que uma batalha perdida não me faz culpada
Mas como guerreira, sinto ao retornar sem a promessa de dias felizes
Lutei a favor do êxtase constante
Ofereceria meu escudo, dividiria meu brasão sagrado
Nossa bandeira triunfaria...
Mas lutei pela ordem em um mundo de caos
Aqui a combatente não tem o menor valor
A ilusão foi minha fraqueza
Nem todos se preocupam com a honra
A espada a me vencer não executou meu coração guerreiro
Mas exterminou a esperança
Retorno pelas léguas percorridas em meus sonhos
A minha espada é pesada
Não me desfaço pois o Divino ainda espera por mim
E mesmo desiludida com a minha raça
Reafirmo meus votos com os Deuses
Na espera de uma nova batalha."

Hannah Nahash